A Costa da Caparica esteve sob ataque das forças da natureza nas ultimas semanas com as ondas gigantes a levarem o areal e por pouco os restaurantes e bares que enchem o paredão. A prova marcada para esse fim de semana estava em risco mas os deuses da corrida deram sinal.
Depois de uma madrugada que foi notícia pelas constantes invasões da água, o dia acordou com um Sol lindo e um dia frio mas sem nuvens ameaçadoras.
Para não variar, os KLentos estiveram presentes com Jorge KLento que fez os 10 kms em pouco mais de 1:02 minutos e, embora tenha sido ligeiramente pior que no ano anterior, terminou satisfeito por voltar ao ambiente magnifico das corridas. O atleta referiu que "este início quero fazer diferente e tentar correr na corrida toda. Os resultados vêm depois mas já só penso que tenho que estar muito bem em Novembro para a Maratona do Porto." Myriam KLenta esteve presente a dar o seu apoio mas ainda não foi desta que voltou às corridas. Está para breve nas Lezírias.
O Trail de Bucelas na sua 2ª edição teve à partida 750 inscritos e 2 KLentos. Este trail tem lugar na Serra de Alrota e prometia muita subida.
Uma semana antes todos discutíamos como iria estar o terreno. Todas as manhãs acordava a olhar para o céu mas principalmente a olhar para o chão para ver se o piso apresentava menos humidade e se, com o pouco Sol que espreitava, dava esperança de termos a montanha com piso seco. A esperança desvanecia-se à medida que se passavam os dias e a organização acabou com a restante quando colocou um aviso que
alertava para o que iríamos encontrar dizendo entre outros mimos .." o percurso está duro devido à imensa lama." ou .."alguns sítios para lavar ténis..." ou ainda .."subidas com muita inclinação...".
Não havia duvidas que iria ser durinho. Os 2 KLentos presentes estavam prontos para fazer os 25 kms e foi o que fizeram.
O dia acordou firo mas com algum Sol a espreitar. Manteve-se assim e a chuva que ameaçava não surgiu e ainda bem. Na pequena Bucelas a animação no largo era visível com os habituais a cumprimentarem-se mas todos bem protegidos do frio que se fazia sentir. Em breve, o frio desapareceria e dava lugar ao suor.
Uma palavra para a organização exemplar deste evento sempre atentos a todos os pormenores.
Com subidas cuja inclinação obrigava a usar as mãos no chão, com lama que fazia escorregar como se fosse patinagem, com um rio quase no final para atravessar e decidas algo perigosas devido à lama, tivemos de tudo até tempo para fotos e desfrutar da vista no topo da serra como podem ver AQUI.
Jorge KLento aos 13,500 esteve para fazer a viragem para o trail curto e a tentação de terminar dali a 2 kms foi grande mas fez o que se propôs e continuou para os restantes 11,5 kms mesmo sabendo que logo a seguir à viragem teria a "subida da morte" como se vê no gráfico. Ufa que toda a energia se esgotou aí.
Terminaram ambos com sorrisos mesmo que tenha sido um esforço de 4 horas e 39 minutos para Jorge KLento e 3 horas e 53 minutos para David Klento.
No final ambos exaustos garantiam que tinham que repetir.
Uma nova experiência com carácter especial tanto pela distancia como pelo grau de dificuldade com altimetria acumulada de 1.000 mts o que, para os KLentos, é praticamente uma parede e algumas subidas eram mesmo.
