À espera da partida |
No Sábado a chuva constante ao longo do dia prometia um Domingo igualmente molhado. Para confirmar visitei os diversos sites meteorológicos que não desmentiam a previsão portanto os KLentos de serviço aguardaram pacientemente com uma pontinha de fé no S. Pedro que, de certeza, iria dar uma folga aos corredores. E assim foi nos primeiros 2 kms mas já lá vamos.
Ainda não chovia |
A esperança desvaneceu-se muito antes do dia nascer com o som da chuva a fazer-se sentir a noite toda sem descanso ou piedade para o que estava para vir.
Sinceramente, pelas 7,30 H da manhã ainda nos questionávamos se, com as condições meteorológicas como estavam, a organização faria a corrida esperando resposta positiva que nos enviasse de novo para dentro dos lençóis mas essa resposta não veio.
A saída fez-se às 8 horas debaixo de um temporal que, na A2 não deixava ver nada além dos 30 metros à frente do carro com a chuva a piorar o que indicava com maior certeza o cancelamento da prova pois era impossível correr assim. Eis senão quando o S. Pedro, depois da saída do Barreiro baixou a intensidade da chuva para animar a malta. À chegada a Setúbal a chuva tinha desaparecido e embora cinzento, a borrasca tinha foi-se e o cinzento do céu ficou mais claro.
No Jardim de Vanicelos a animação habitual com centenas de atletas a cumprimentarem amigos e conhecidos destas andanças ainda à espera do início previsto dali a 1 hora. Depois de levantarmos os dorsais fizemos um pequeno aquecimento no Jardim em ambiente descontraído e calmamente e ainda aderimos ao aquecimento com a fitness coach de serviço.
À hora indicada começou aquela que seria a corrida com maior desnível que já tinhamos enfrentado tendo como cartão de visita a subida de 2 kms seguidinhos até ao Castelo de Palmela. O tempo aguentava-se e tudo se conjugava para correr bem com tempo agradável sem frio, sem chuva e num ambiente alegre, não é? Claro que não.
A Myriam KLenta estava a inspirar-se para fazer bem os 7 kms a apreciar a melhoria de tempo e o percurso. Assim viu a atleta a sua prestação - "Por volta do km 3 a chuva miudinha apareceu o que não era mau de todo para compensar o esforço e o suor. A primeira "parede" apareceu por volta da meia hora ou seja, mais ou menos a meio do percurso antes ainda do ponto mais distante mas, tal como apareceu, desapareceu e permitiu-me apanhar o duche violento a partir dos 4,5kms que o S. Pedro tinha guardado e fazer ainda cerca de 2,5 kms debaixo de chuva forte. Depois de baixar o caudal de água, foi um passeio até à linha de meta e, até a descida em lama escorregadia quase à chegada, correu bem. Boa corrida e mais um passo na adaptação a distancias maiores. Venha a mini de Lisboa a 9 Dez."
O Jorge KLento desafiava os 12,5 kms com a temível subida e, pensava ele, estava pronto.
Fez o 1º km com a Myriam e a partir daí, seguiu o seu ritmo. A meter conversa com este e aquele lá foi comendo metros até uma subida em que pareceu estar mal e.....estava. O atleta conta como foi - "Logo que reduzi, apareceu alguém vindo de trás que disse "isto não é nada, daqui a 2 kms é que são elas". Animado o engraçadinho, hem? E não é que tinha razão? Quando se fazia a divisão por volta do km 4,5 aí estava o início da subida a esconder-se numa curva cega.Pelo principio vi que a coisa não ia melhorar. O Castelo parecia esconder-se ou flutuar na neblina e, cada vez que olhava para lá, parecia mais longe.
A famosa subida serpenteava não deixando antever onde terminava mas quando apareceu uma placa a dizer 6 kms percebi que dificilmente faria um tempo bom portanto deixei-me ir a apreciar a paisagem até que outro engracadinho (S.Pedro) resolveu aparecer ou melhor, mostrar a sua presença. A chuva intensa começou ainda faltava um bom bocado para chegar a Palmela mas só tinha uma solução que era subir, subir, subir. O meu Runkeeper marcou mais de 300mts de subida acumulada. A descer outros problemas surgiram mas o andamento foi muito melhor e mais consistente. Por altura dos 8,5kms (abastecimento de moscatel) tinha recuperado para a média/km abaixo dos 7 min mas ainda assim longe do que pretendia. E a chuva caia copiosamente. A partir daí já só queria acabar de tão encharcado estava e aproveitei todas as descidas para acelerar o passo até à chegada. Foi um bom treino intenso à chuva e a certeza de que para o trail ainda tenho que evoluir muito". A próxima será a meia de Lisboa a 9 Dez.
Em jeito de balanço os KLEntos estiveram bem e acima de tudo mostraram que quer o tempo esteja mau ou bom, estão lá. Pelo que este reporter sabe, na agenda da KLentos Running Team ainda faltam este ano 2 corridas sendo a S. Silvestre de Lisboa a ultima a 29 Dez e estarão presentes nas 2 distancias.
Até breve